28 junho, 2008

O disco Cromático















O disco cromático
O disco cromático não é um instrumento científico de classificação de cores, porém ajuda e muito a entender o comportamento das cores e a aplicação prática de pigmentos para envolver o sentido da visão. As cores mostradas não são puras, e servem apenas como um referencial.

Ao longo do tempo, desenvolveu-se uma variedade de pigmentos. O disco cromático usado para observar o desempenho da cor, pode ser formado em qualquer suporte, com a aplicação de tintas, pode ser: aquarela, óleo, pastel, guache, acrílico e lápis de cor. Sempre observando que cores-luz e cores-pigmentos sofrem alterações de acordo com sua própria essência e, nunca terão a pureza do espectro cromático, como num arco-íris.

Apresentaremos alguns aspectos do estudo da cor a partir dos discos cromáticos (luz, pigmento opaco e pigmento transparente). Segundo Israel Pedrosa, a cor não é material, mas uma sensação estabelecida a partir da ação da luz sobre nossa visão. As sensações cromáticas provocadas pela radiação da luz são divididas em duas categorias: cores-luz e cores-pigmentos. As cores-pigmentos são subdivididas em dois grupos: cores-pigmentos opacas e cores-pigmentos transparentes.

Disco cromático das 12 cores: cores-luz são aditivas. A adição das três cores primárias resulta na luz branca.



Disco cromático de 12 cores (pigmentos opacos), grãos maiores – usados em tinta a óleo, alquidica, acrílica e guache.

A classificação da cor: primáriassecundáriasterciárias. As cores estão distribuídas em um círculo.

Estão classificadas no esquema estabelecido a partir da teoria das cores. É uma ferramenta auxiliar para orientar a mistura de cores na palheta. Deste modo, permite obter o efeito planejado na criação artística, porém, o uso das cores por meio do disco cromático dependerá qual a finalidade do trabalho. Não existem regras que determine o modo "correto" de utilização do disco. Mas, com as observações colhidas das leis naturais, é importante impetrar no conhecimento para auxiliar a criação.

As cores primárias formam um triângulo no centro do disco cromático e não podem ser decompostas.

A classificação das três cores primárias no disco cromático das 12 cores-luz é diferente das repartições das cores nos discos cromáticos relativos à
(cores-pigmentos opacos)
e (cores-pigmentos transparentes).


Cores primárias (cores-pigmentos opacos: vermelhoamareloazul, estas cores não pedem ser obtidas a partir de outras cores.

Cores secundárias:
A mistura entre duas cores primárias – vermelhoamareloazul. (cores-pigmentos opacos), formam as cores secundárias.
Exemplo: A mistura do vermelho com amarelo produz a cor laranja.
Combinar o amarelo com o azul dá o verde.
A cor
violeta consegue com a mistura entre o
vermelho e o azul.




Cores Complementares são as que se encontram em oposição no disco de cores. Note que uma cor primária é sempre complementada por uma cor secundária, (cor-pigmento, opaco).

Cores terciárias:
Estas cores são as obtidas pela mistura de uma primária com uma ou mais cores secundárias. Exemplo: Amarelo alaranjado – do amarelo primário com o laranja secundário. A observação a partir do disco cromático é apenas uma referência e pode variar conforme o fabricante de tintas.
Cores terciárias:
Estas cores são as obtidas pela mistura de uma primária com uma ou mais cores secundárias. Exemplo: Amarelo alaranjado – do amarelo primário com o laranja secundário. A observação a partir do disco cromático é apenas uma referência e pode variar conforme o fabricante de tintas.

Temperatura
Indica a disposição que têm as cores de aparecer quentes ou frias. Quando se divide o disco cromático ao meio, com uma linha cortando o amarelo e o violeta, nota-se que os vermelhos e laranjas dentro da espátula são cores quentes e vibrantes.

Por outro lado, os verdes e os azuis do lado de fora são cores frias e imprimem uma sensação de tranqüilidade. O Amarelo que aparece do lado das cores quente também é quente. Já o amarelo oposto é frio. O mesmo vale para o violeta, que se torna mais quente à medida que se aproxima do vermelho, e mais frio quando contém mais azul.

Cores análogas:
São as cores que aparecem lado a lado no disco. Há nelas uma mesma cor básica. Por exemplo, o amarelo-ouro e o laranja-avermelhado têm em comum a cor laranja.
O azul-esverdeado, o azul e o azul-violeta possuem em comum o próprio azul.
Esses termos empregados, são os mais usuais entre os artistas. Embora sejam úteis para descrever e caracterizar as cores, não é denominação científica. Na verdade, servem mais como guias, permitindo aos artistas plásticos utilizarem com acerto e precisão cada uma das cores.

Cores neutras
Ao misturar duas ou mais cores do disco cromático, de forma diferente das descritas na página anterior, obtém-se uma nova série de cores chamadas neutras. Quando se fala em cor neutra, em geral pensa-se nos cinzas e marrons. Entretanto, do ponto de vista técnico, as cores neutras incluem os amarelos acinzentados, os vermelhos, laranjas e violetas amarronzados, os verdes e azuis cinzentos e outras cores intermediárias que compõem muitos dos matizes com os quais convivemos diariamente.
Para criar essas cores a partir das presentes no disco cromático, basta misturarem as três cores primárias, ou qualquer par de cores complementares.
O inconveniente, quando se usa este método é que a combinação entre as complementares pode resultar em cores opacas e apagadas.
Esse problema pode ser evitado, com a mistura de uma cor com outra próxima da sua complementar.
A função das cores neutras é servir de complemento da cor aproximada, para dar profundidade, visto que as cores neutras em geral têm pouca reflexibilidade de luz.

Matiz
É a percepção da cor, a propriedade que define uma cor; ao transformar uma cor, com a adição de outra cor, a matiz fica diferente.

Tom
Faz referência a variação de luz presente na cor.
Acrescentando o branco com menor ou maior quantidade a um matiz, este terá a quantidade de luz correspondente ao branco adicionado.
Para escurecer uma cor com a adição do preto, a matiz adquire uma graduação mais escura. A alteração na quantidade do preto em uma cor é chamada escala tonal.

Intensidade
O disco de cores expõe a intensidade alta do amarelo, enquanto o violeta tem intensidade baixa. Distinguir qual a importância e a posição exata das cores dentro do disco cromático, não é suficiente para formar trabalhos atraentes, Mas, contribui para alcançar objetivos que envolva o sentido da visão, identificar e associar a apreciação dada pela mensagem à mente do observador.

Contraste Complementar
São constituídos entre a cor primária e a complementar, ambos estão em lados opostos do disco cromático. Essa correspondência concebe o contraste culminante entre matizes.

Uma cor primária terá a cor secundária correspondente como complementar. O contraste complementar é utilizado na pintura para fazer sombras, além disso, é empregado para a relação frente e fundo. O branco e o preto nessas combinações podem reforçar ou anular a cor.





A mistura das três cores primárias no disco de cores-pigmentos opacos e cores-pigmento transparentes resultam no preto.

O filosofo grego Aristóteles concluiu que as cores era uma propriedade dos objetos. Assim como peso, material, textura, eles tinham cores. E, pautado pela mágica dos números, disse que eram em número de seis, o vermelho, o verde, azul, amarelo, branco e negro.
Idade Média – A experiências com as cores sempre envolveu entusiasmos com aspectos psicológicos e culturais. O poeta medieval Plínio certa vez teorizou que as três cores básicas seriam o vermelho vivo, a ametista e outra que chamou de “conchífera”. O amarelo foi excluído desta lista por estar associado a mulheres, pois era usado no véu nupcial.

Renascença –
Os artistas Leon Battista Alberti, discípulo de Brunelleschi, a natureza das cores foi estudada pelos artistas. Leon Battista Alberti, um discípulo de Brunelleschi, exporia que seriam quatro as mais importantes, o vermelho, verde, azul e a cinza. Essa visão reflete o seu estilo na tela. Alberti teve influência sobre Leonardo Da Vinci, que reuniu anotações para dois livros distintos e seus escritos foram posteriormente reunidos em um só livro intitulado “Tratado da pintura e da paisagem”.

Leonardo Da Vinci se opôs ao conceito de Aristóteles ao afirmar que a cor era propriedade da luz, a constituição elementar dos objetos influiu no tipo de cor que reflete. Assegurou que o branco e o preto não são considerados cores, porque, ocupam posições opostas – ambos são os extremos da luz. Em seus experimentos foi o primeiro a perceber que a sombra pode ser colorida.

Isaac Newton – Fez importantes ensaios sobre a decomposição da luz com prismas e acreditou que as cores existiam devido ao tamanho da partícula de luz, cultivou grandes desavenças com Huygens que acreditava na teoria ondulatória.
Mas, a teoria de Newton não explicava de maneira satisfatória o acontecimento da cor. Porém, sua teoria foi acolhida por débito ao seu grande prestígio ao elucidar o fenômeno da gravitação.

Século XVIII
Um impressor chamado Le Blon testou diversos elementos coloridos até alcançar os três pigmentos básicos para impressão: o azul, vermelho e o amarelo.

Século XIX
O poeta Goethe se aprofundou no fenômeno da cor e transpôs trinta anos formulando o que avaliava ser definitivo. Instituir um tratado sobre as cores que poria abaixo a teoria de Newton.
Goethe descobriu aspectos que Newton ignorara sobre a fisiologia e psicologia da cor, como: A posse das cores pela retina; o fato do olho humano convergir seu foco nas bordas de uma cor complementar; observou que artefatos brancos tendem a aparecerem maiores do que os artefatos pretos; reinterpretara as cores.
Le Blon – em seus experimentos, identificou os pigmentos, como: púrpura, amarelo e azul claro, se aproximando com muita precisão das atuais tintas magenta, amarelo e ciano utilizadas em impressão industrial.




Disco cromático das 12 cores: cores-pigmento transparentes para impressão industrial.

As observações de Goethe eram desprovidas de métodos científicos e teve dificuldades para provar sua tese. Foi insuficiente para se opor a teoria de Newton. Sua obra publicada "A teoria das cores" era muito complicado para seu tempo, não foi aceito pela comunidade cientifica. Porém, no inicio do século XX sua publicação foi resgatada pelos estudiosos da Psicologia da Gestaltl (Ernst Mach (1838-1916), físico, e Chrinstiam von Ehrenfels (1859-1932) filósofo e psicólogo, desenvolviam uma psicofísica com estudos sobre as sensações (o dado psicológico) de espaço-forma e tempo-forma (o dado físico) e podem ser considerados como os mais diretos antecessores da Psicologia da Gestalt.).





E desempenhada pelos pintores modernos como Paul Klee e Kandinsky.

O estudo da teoria das cores nas universidades segue a peculiaridade proposta por Goethe.

A cor física – A cor é superfície, não importa a forma para a percepção óptica; a cor fisiológica e a cor química – o fenômeno do espectro da luz e a percepção policromática, monocromática e a tridimensionalidade.

O conteúdo é basicamente a teoria de Newton acrescida de observações modernas sobre ondas. O legado de Goethe é uma diretriz, presente no universo das artes, psicologia e toda obra que trata de ilusão de ótica.

A teoria das cores: cor e luz ou cor e energia contrapõe a cores-pigmentos, diz respeito à reflexão dos raios luminosos e não pela cor efetiva contida na substância. A cor apreendida pelos olhos é a característica particular do objeto de refletir uma cor e absorver outras ao bombardeio dos raios solares em sua superfície. A cor branca consiste na reunião de todas as cores, ao passo que o preto seria a ausência de cor.



O acontecimento da refração dos raios solares em cores percebida pelo físico inglês Isaac Newton, no ano de 1666, mostrou que: a luz que incide sobre um prisma triangular é decomposta nas sete cores do arco-íris: vermelho, laranja, amarelo, verde, azul, azul escuro e violeta.

Uma experiência simples comprova a reflexão da luz. Um disco com todas as cores do arco-íris pintadas, estrategicamente, na superfície. Este conjunto centralizado em um eixo motriz que gire em velocidade crescente, a partir de certa rotação os olhos não perceberão mais as variações de cores, prevalecerá apenas o reflexo de todas elas unidas – o branco.

Aplicação
O estudo da cor-pigmento opaca é imprescindível para os pintores e artistas que trabalham com tintas. Estes materiais são compostos por pigmentos derivados dos óxidos de metais, calcinação de materiais, rochas trituradas, terras e orgânicas.






Paleta Básica
· Branco de zinco
· Amarelo de cádmio
· Amarelo de nápoles
· Verde esmeralda
· Verde veronese
· Sombra natural
· Sombra queimada
· Amarelo ocre
· Siena natural
· Siena queimado
· Terra (óxido de ferro)
· Vermelho de cádmio
· Carmim
· Azul ultramar
· Azul cobalto
· Preto marfim

Espero que seja útil para sua pesquisa.


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Um comentário:

Anônimo disse...

"palheta", não, paleta :)